terça-feira, 28 de abril de 2009

QUARTA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO TRABALHO E EMANCIPAÇÃO SOCIAL

MANIFESTO PARA NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS:
IGUALDADE, LIVRE-ACCESSO E PODER SOCIAL
Junho 16-19, 2009
Hotel Tropical da Bahia, Salvador, Bahia
Atualmente o mundo está testemunhando o surgimento de um contexto novo na educação, trabalho e movimentos sociais transformativos. Fluxos globais de pessoas, capital e energia definem, cada vez mais, o mundo em que vivemos. Na procura de mão de obra e fontes mais baratas, sem uma valorização da qualidade de vida humana, as corporações multinacionais substituem a nação-estado como forma dominante de organização econômica. Confrontadas com uma intensificação dos problemas ambientais e à redução dos recursos naturais, a resposta das elites econômicas tem sido o aumento do militarismo e a limitação das liberdades civis.
Ao mesmo tempo, massas de trabalhadores, agricultores e povos indígenas, situam suas lutas e debates em um contexto global. Os trabalhadores ativistas já não podem mais ignorar os esforços simultâneos dos povos indígenas, das diásporas africanas, grupos étnicos marginalizados, imigrantes, mulheres, grupos GLS, crianças e adolescentes. A preocupação por uma democracia mais verdadeira e direitos humanos se desloca das margens ao centro, para desafiar as prioridades de “eficiencia” e exploração capitalista. Em vários lugares, os representantes de movimentos populares estão tomando as rédeas do poder estatal, por outro lado, novos movimentos esquerdistas estão surgindo em diferentes partes do mundo em uma tentativa de unificar identidades nacionais e diminuir as diferenças sociais, oferecendo solidariedade ás lutas transnacionais de classe, gênero, e das etnias.
Nesta conjuntura, os educadores têm um papel chave. A ideologia do mercado capitalista tornou-se mais enraizada nas instituições educativas, inclusive na diminuição das oportunidades de emprego para educadores capacitados. Nós devemos repensar a relação entre educação e mercado, desenvolvendo pedagogias transnacionais que dêem forma às lutas sociais presentes nas vidas dos estudantes e de suas comunidades. Os educadores críticos precisam se conectar com outros movimentos sociais para desenvolver uma agenda radical democrática, baseada nos princípios de equidade, de livre-acesso, e de emancipação como elementos centrais da práxis educativa.

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